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Foto:
Influência do Tupi na língua portuguesa falada no Brasil – Espaço do Conhecimento UFMG

TUPY OR NOT TUPY


Poema de Antonio Miranda

 

“não consentido por modo algum(...)
Usem a Língua própria das suas Nações,
outra chamada Geral; mas unicamente a Portuguesa”
(...) “para desterrar dos Povos rústicos
a barbaridade dos seus antigos costumes”.
DIRETÓRIO DOS ÍNDIOS, Instrução pombalina, sec. XVIII)

I
Haveremos de (voltar a ) ser poliglotas
para nossa inserção no mundo
— a nossa definitiva mundialização.

Éramos multilíngues no Grão Pará e Maranhão
e por todos os brasis
na relação entre língua e fé
ou religião
— entre conhecimento e catequese
na tese da doutrinação.

II
A nossa Língua Geral
nos primórdios da civilização:
uma gramatização do tupi
na concessão do gentio
até que aprendessem o portuguez
e sua súdita condição.

Todas as línguas havia pelo sertão
a conquistar
com a confissão cristã
numa linguagem de conversão.

Há(via) as línguas subterrâneas
de judeus e de árabes
e de comerci  antes clan destinos
e os dialetos africanos
de senzalas e quilombos.

III
Línguas de relação
e até mesmo de Inquisição
(do latim da liturgia
e do francês do Iluminismo)
e cativeiro e redução jesuítica
de evangelização.

Mas no Maranhão
línguas havia de remissão
nativas ou de dominação:
o francês (fundando na ilha-capital),
o holandês  e o português
entre os tupinambás.

Em que língua parlamentavam
Charles de Vaux e o cacique Pira-jivá
na França Equinocial?

IV
(O Marques de Pombal acabou
com a Língua Geral
ao expulsar os jesuítas do Brasil
e de Portugal.
Ao persistir a homogeneização
de uma língua tal — ele temia?
independência da colônia
viria de forma natural.

 

V
Haveremos de ser poliglotas
—depois de dominarmos a língua nacional —
com mais instrução e sabedoria:
para cultivar todas as línguas
de nosso multirracial povoamento
e imigração, de todos os quadrantes
— para nossa efetiva globalização.



Haveremos de valorizar
as tantas línguas indígenas
e as várias falas regionais
de nossas identidades
numa aldeia global.

E que a nossa miscige nação
definitiva seja linguística e cultural
— por que não?! —
e não apenas racial.

­­Haveremos de ser poliglotas e multilíngues
mesmo conservando a nossa língua oficial.

                            ___________

Exercício especulativo banal!
A História não é território de lógica
e de hipóteses pretéritas... Mas vá lá:
a unidade linguística portuguesa
preservou a unidade nacional?!...)

 

*
Texto original do poema escrito em Caderno de Novembro de  2004 escrito e conservado na biblioteca de Antonio Miranda).


 

 

 
 
 
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